Exumação e cremação de ossos: como organizar o procedimento?

A cremação de ossos é uma parte essencial do processo de cremação de corpos, que envolve a incineração de restos humanos em altas temperaturas até que o corpo seja completamente transformado em gases e cinzas. No entanto, os ossos, por serem mais densos, não se desintegram completamente apenas com o calor. Após a cremação, eles são coletados e passam por uma etapa final de trituração mecânica, para que se transformem em um pó fino que, popularmente, também é chamado de "cinzas". Essas cinzas são, então, entregues à família ou aos responsáveis.

Neste artigo, exploraremos o que acontece após o período de exumação, quando o corpo já passou pelo processo natural de decomposição, os restos mortais são, em sua maioria, compostos por ossos. Para muitas famílias, a cremação de ossos é uma escolha para concluir o ciclo de despedida do ente querido. Entenda como funciona esse processo e quais etapas estão envolvidas.

Solicitação de exumação e autorização legal

O primeiro passo é verificar a possibilidade de exumação, que normalmente só é permitida após um período mínimo de 3 a 5 anos, conforme a legislação local. O pedido deve ser realizado diretamente com o cemitério, que irá informar a data e os procedimentos legais a serem seguidos para a realização do processo.

Documentos necessários

Para autorizar a exumação e a cremação de ossos, além da autorização dos responsáveis, é necessário apresentar alguns documentos, como:

• Certidão de óbito: este documento é essencial para formalizar o falecimento e iniciar o processo de cremação.
• Documentos de identidade: podendo ser dos familiares ou dos responsáveis que estão autorizando a cremação de ossos. Dentre os documentos, pode-se incluir RG, CPF ou qualquer outro documento que comprove a identidade e a relação com o falecido.
• Autorização formal: para que a cremação de ossos seja realizada, uma autorização emitida pelo órgão competente local deve ser apresentada, podendo variar conforme a localidade. Além disso, um formulário específico precisa ser preenchido e assinado pelos responsáveis.
• Documentação adicional: em casos onde a autorização judicial é necessária, documentos que comprovem a relação familiar, como certidões de nascimento ou casamento, podem ser solicitados para validar o pedido.

Contratação de serviços especializados

É fundamental contratar uma empresa especializada em exumação e cremação de ossos para assegurar que o procedimento seja realizado de maneira segura, eficiente e dentro das normas sanitárias vigentes. Esse tipo de empresa possui o conhecimento técnico e a experiência necessária para lidar com os restos mortais de forma respeitosa e em conformidade com a legislação, evitando complicações ou riscos à saúde pública. Além disso, a empresa funerária será responsável por coordenar todas as etapas do processo, desde a exumação até a cremação, e por cuidar das questões burocráticas, como obtenção de autorizações e documentação necessária. Isso facilita o trâmite para a família, que pode focar no luto, sabendo que todo o procedimento está sendo conduzido de maneira profissional e adequada.

Detalhamento do processo de cremação de ossos

O processo de cremação de ossos, em geral, envolve uma série de etapas, desde a preparação do corpo até o armazenamento das cinzas e a entrega para familiares ou responsáveis. Seguir esses passos é fundamental para que a cremação de ossos seja feita de forma segura, responsável e respeitosa, o que é essencial para que a família se sinta acolhida neste momento tão difícil. Para compreender melhor a cremação de ossos, leia abaixo o detalhamento de como é realizada:

O que acontece após a exumação?

1. Exumação dos restos mortais: após o período legal determinado para a exumação, os ossos são retirados do sepulcro. Isso geralmente acontece após um período de 3 a 5 anos, dependendo da regulamentação local e das condições do solo.
2. Preparação do corpo: antes da cremação de ossos, o corpo é preparado, geralmente vestido e colocado em um caixão ou urna simples, que também será incinerado. Os itens de metal ou outros materiais que não possam ser incinerados, como marcapassos, são removidos. O corpo, assim como o caixão, deve estar em conformidade com as normas de saúde e segurança.
3. Incineração: o forno de cremação de ossos é aquecido a temperaturas extremamente altas, que podem variar entre 800°C e 1.000°C. Esse processo dura de 1 a 3 horas, dependendo do tamanho do corpo e do equipamento utilizado. A combustão dos tecidos corporais e do caixão libera gases, reduzindo o corpo quase que completamente a cinzas.
4. Restos ósseos: ao final do processo de incineração, o que resta são fragmentos ósseos. Esses fragmentos não são destruídos pelo calor, porque os ossos são compostos de minerais densos, como cálcio e fosfato, que resistem à combustão.
5. Trituração dos ossos: depois que o forno esfriar, os fragmentos ósseos podem ser retirados manualmente e colocados em um triturador especializado (conhecido como pulverizador ou “cremulador”), que transforma esses pedaços de ossos em um pó fino, dando a aparência final das cinzas que conhecemos. Esse processo é fundamental para garantir que os restos sejam uniformes e adequados para serem guardados em urnas ou espalhados em locais desejados.
6. Armazenamento e entrega: após a trituração dos ossos, as cinzas são coletadas e colocadas em urnas, que podem variar em design, material e preço, dependendo das preferências da família ou responsáveis. Algumas famílias preferem urnas simples, enquanto outras optam por modelos mais elaborados para fins de recordação ou exibição.

O que fazer com as cinzas após a cremação de ossos?

Uma vez que as cinzas são entregues à família, há várias opções sobre como honrar e preservar a memória do ente querido. Essas escolhas podem refletir tradições culturais, crenças religiosas ou preferências pessoais. Aqui estão algumas das principais opções e o que cada uma pode significar:

• Sepultamento em urnas: muitas famílias optam por enterrar as cinzas em um local sagrado ou especial, como um jazigo familiar ou em um espaço reservado especificamente para as urnas. Isso oferece um local permanente onde parentes e amigos podem visitar para prestar homenagens.
• Espalhamento em locais especiais: espalhar as cinzas em um local significativo é uma prática comum para aqueles que desejam que o ente querido "retorne à natureza" ou que seja eternamente lembrado em um lugar que tenha valor emocional. Esse ritual pode ser altamente simbólico e personalizado.
• Memoriais personalizados: manter as cinzas em urnas no lar é uma maneira de preservar a memória de forma íntima e constante. Para aqueles que preferem manter a proximidade física com o ente querido, existem diversas opções de urnas que podem ser guardadas em casa ou em locais de destaque, como altares ou prateleiras especiais.

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